segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Não comparar a minha filha com outra criança que está se comportando melhor

Algumas vezes, tive esperança de que poderia estimular a minha filha Sofia a se comportar do jeito que eu queria ao compará-la com outra criança que estava se comportando melhor. “Olha lá, a fulana não está chorando para ficar!” Ou: “Olha, sicrana come fruta!”


Aprendi com Sofia que essa prática não somente é inútil, como ensina algo que não quero ensinar, e no fundo é... bem... no fundo é horrível! 


Deixe-me explicar: comparar com outra criança é inútil, pois nunca funcionou para obter o comportamento que eu queria. Sofia sempre rejeitou a comparação e sua resistência nunca cedeu por causa da comparação. Fazer isso ensina uma coisa que não quero ensinar: ensina que ela deveria se comportar como as outras crianças. Não quero ensinar isso porque Sofia se comporta melhor que a maioria das crianças. Além disso, estaria estimulando ela a ser “Maria vai com as outras”, o que poderá ser bem perigoso naquela idade, a adolescência, em que se faz muita besteira no embalo da turma. Ainda, estaria estimulando a competitividade e a inveja. Por último, mas não menos importante, estaria dizendo que a Sofia é pior que uma outra criança, muitas vezes que nem conheço.


Isso quer dizer que os exemplos dos amiguinhos não devem ser valorizados? Devem sim! Eu elogio os amiguinhos e amiguinhas que merecem (sou fã de alguns amiguinhos da Sofia), mas não para dizer que a minha filha está agindo errado, não passando a mensagem de que ela deveria ser como os outros, não para que sua motivação seja um sentimento de inadequação fomentado por mim, e não para que inveje os amiguinhos.  

Quero que ela seja ela mesma, que amadureça no seu próprio ritmo, que não se sinta inferior, e que também saiba admirar crianças e adultos que merecem.

2 comentários:

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