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Alguns evangélicos acreditam absurdamente que a Lei da Palmada ameaça os preceitos bíblicos (veja na fonte desta ilustração). Pelo jeito não leram o que disse Jesus... |
No debate da proposta da “Lei da Palmada”, curiosamente, alguns evangélicos se destacam na oposição às restrições aos pais sobre as formas de castigar os filhos. Por exemplo, o influente pastor Silas Malafaia afirma que Lei da Palmada é “palhaçada de deputado que não tem o que fazer” e promete campanha contra.
Dizem que o castigo é recomendado (ou prescrito) pela Bíblia, esquecendo o que disse Jesus há 2000 anos.
Neste post, mostramos que Jesus não recomenda o castigo físico e que, na verdade, contradiz o que havia sido escrito na Bíblia antes de Sua mensagem.
Neste post, mostramos que Jesus não recomenda o castigo físico e que, na verdade, contradiz o que havia sido escrito na Bíblia antes de Sua mensagem.
Não evite disciplinar a criança; se você a castigar com a vara, ela não morrerá.Castigue-a, você mesmo, com a vara, e assim a livrará do inferno (Provérbios 23:13-14).Castiga o teu filho, e te dará descanso; e dará delícias à tua alma (Provérbios 29:17).Castiga o teu filho enquanto há esperança, mas não deixes que o teu ânimo se exalte até o matar (Provérbios 19:18).Sabes, pois, no teu coração que, como um homem castiga a seu filho, assim te castiga o SENHOR teu Deus (Deuteronômio 8:5).Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho (Hebreus 12:6).Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? (Hebreus 12:7).O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga (Provérbios 13:24).
Entretanto, os cristãos defensores do castigo físico se
esquecem que foi o fundador de sua religião (Jesus Cristo) que há 2000 anos
aboliu todas essas recomendações anteriores à sua mensagem, como pode ser visto
nestas passagens do Novo Testamento:
Trouxeram-lhe também criancinhas, para que ele as tocasse. Vendo isto, os discípulos as repreendiam, Jesus, porém, chamou-as e disse: Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas. Em verdade vos declaro: quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha, nele não entrará (Lucas 18,15-17).Todo o que recebe a uma destas crianças em meu nome, a mim é que recebe (Mc 9,37).Quem me procura, me encontrará nas crianças. É nelas que me revelarei (Palavra de Jesus segundo Hipólito).Deus sempre privilegia o que é pequeno, rejeitado: as crianças, as mulheres, os doentes, os pecadores, os estrangeiros...
Os cristãos que batem em seus filhos deveriam se lembrar do
que disse Jesus:
Todas as vezes que fizeste isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizeste” (Mateus 25,40).
Ou seja, quando bate em seu filho, o cristão bate em Jesus.
Quando maltrata uma criança, o cristão maltrata Jesus. Por fim, os cristãos que
acham que sabem mais que as crianças, e que por isso podem castigá-las e fazer
delas sua propriedade, deveriam lembrar melhor o que disse Jesus:
Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos (Lucas 10,21).
PS: Eu não acho que a Bíblia deva guiar o nosso comportamento de forma literal, mas tem gente que acha.Para mim, é um documento que precisa ser interpretado à luz de seu tempo (quase 2000 anos atrás, ficando congelada desde então) e lugar (Palestina, Israel), entendendo por quem foi escrito (hebreus) e para quem foi escrito (hebreus, na maior parte, e romanos no Novo Testamento).
Em vez da Bíblia, acredito que as pessoas (incluindo pais e filhos) devam basear seu comportamento na compaixão, na ética e na razão. Estes três critérios tornam o castigo físico da criança não recomendável pois é destituído de compaixão (normalmente é movido pela impaciência e pela raiva), não é ético (pois é covarde e envolve a violência contra o indefeso que, em si, não é ética), e não é racional (por que não é a forma mais eficiente de educar; na verdade, não educa).
Veja também este post.
Em vez da Bíblia, acredito que as pessoas (incluindo pais e filhos) devam basear seu comportamento na compaixão, na ética e na razão. Estes três critérios tornam o castigo físico da criança não recomendável pois é destituído de compaixão (normalmente é movido pela impaciência e pela raiva), não é ético (pois é covarde e envolve a violência contra o indefeso que, em si, não é ética), e não é racional (por que não é a forma mais eficiente de educar; na verdade, não educa).
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