Por que, num belo dia (de festa), um pai ou uma mãe consciente abre mão de sua consciência?
Uma coisa que aprendi com minha filha (e os filhos dos outros) é que as orientações devem valer sempre. Tem gente que suspende suas orientações num dia de festa: “ah, hoje é festa, hoje pode comer doce! Vai filho, come um docinho!”. O que isso ensina?
Uma coisa que aprendi com minha filha (e os filhos dos outros) é que as orientações devem valer sempre. Tem gente que suspende suas orientações num dia de festa: “ah, hoje é festa, hoje pode comer doce! Vai filho, come um docinho!”. O que isso ensina?
Primeiro, que as suas orientações podem ser suspensas conforme o seu capricho. Segundo, que aquilo que é proibido nos outros dias é uma coisa boa, um prêmio que pode ser aproveitado no dia de festa, no fim de semana, no passeio com o papai/mamãe divorciado que vem visitar naquele dia. Veja como é confuso: doce estraga os dentes e é um veneno no dia-a-dia, mas no dia de festa você vem e diz “filho, pode tomar esse veneno, pois é festa!” Complicado, né?
É claro que a criança deve ficar confusa, mas é induzida a não achar mais que o doce faz mal (doce = festa, alegria, amigos, cores, diversão). Mas doce não é nada disso: na maioria das vezes é um punhado de açúcar com corantes sem nenhum conteúdo nutritivo. É isso que os pais conscientes têm por trás quando limitam os doces no dia-a-dia. Então por que, num belo dia (de festa), este pai ou esta mãe consciente abre mão de sua consciência? Parece ser porque eles próprios tiveram essa experiência, e sentem que devem repassá-la aos filhos.
É claro que a criança deve ficar confusa, mas é induzida a não achar mais que o doce faz mal (doce = festa, alegria, amigos, cores, diversão). Mas doce não é nada disso: na maioria das vezes é um punhado de açúcar com corantes sem nenhum conteúdo nutritivo. É isso que os pais conscientes têm por trás quando limitam os doces no dia-a-dia. Então por que, num belo dia (de festa), este pai ou esta mãe consciente abre mão de sua consciência? Parece ser porque eles próprios tiveram essa experiência, e sentem que devem repassá-la aos filhos.
Se eu fosse repassar todas as porcarias que me deram em festas e nas lanchonetes de escola para a minha filha, seria criticado até por ela: Tang, Ki-suco, chicletes (eu comia uns 4 ou 5 de uma vez), groselha, confete, bala soft, etc.
A criança pode até entender que não deve comer doce demais a cada dia, mas é bem mais difícil entender que, num dia específico, está liberado.
Mas este não é um post sobre doces. É um post sobre disciplina. Na festa, está tão liberado quanto todo dia. Para mim e minha filha, ou a coisa é ruim para ela todo dia, ou nunca. Em geral, nada está totalmente liberado e nunca é totalmente proibido (é conversado, explicado, e tem sido escolhido, por ela, o não consumo, especialmente de refrigerantes, balas e chicletes), e tudo depende da quantidade. Ela entende bem que não se deve abusar de uma coisa. Já pode sentir na pele isso, num dia que abusou e ficou com dor de barriga. Então, geralmente, ela não só me escuta quando digo que está além dos limites, como também, muitas vezes, pergunta antes: “posso comer isso?”
Em festa, o que está liberado é a alegria e a brincadeira saudável.
Vim aqui dar uma olhadinha...ótimo texto! Saudade da doce Sofia, um exemplo de menina. Beijos meus ( Cibele ) e da Rafaela aqui de Floripa. Férias muito proveitosas de verão com vocês!* Pouquinhos dias, mas valeu e muito!:)
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