sábado, 3 de março de 2012

Quando não enfatizo a autoridade, minha filha pede

Uma coisa interessante que aprendi com Sofia é que, por não enfatizar muito a autoridade, ela me pede antes de fazer quase tudo que poderia ter problemas ou até coisas triviais. Estranho? Alguns amigos também acharam, quando a viram pedir (aparentemente) autorização para beber água, ir ao banheiro, ver um DVD. Eu não tinha me tocado disso e fiquei pensando e reparando durante uns dias: por que ela me pedia antes de fazer coisas que não tinham problema algum e que eu sempre, ou quase sempre, autorizava? Aprendi que ela não estava me pedindo autorização, mas sim, orientação e apoio. Outras vezes, ela está sendo gentil, só mantendo contato, etc.

Quase sempre eu a deixo fazer o que pede, mas muitas vezes eu dou uma orientação complementar, estabeleço uma condição, aviso de algum perigo. Quando ela me pede (ou avisa), aproveita essas informações e ganha segurança.


Na verdade, eu faço o mesmo. "Papai pode ir tomar banho?" Eu peço a ela para fazer tudo também: tomar banho, ir ao banheiro, passar em algum lugar antes de ir pra casa, escolher um programa para fazer, desligar a TV. E ela também negocia, estabelece condições, me avisa dos inconvenientes para ela. É uma relação recíproca, um hábito que temos um com o outro. 

Por isso, educar sem autoritarismo, mas com presença e apoio, é muito bom para manter e construir essa relação de confiança mútua. Eu espero que, no futuro, isso seja uma boa base para enfrentarmos juntos os reais perigos que as crianças e jovens muitas vezes enfrentam, especialmente na adolescência. Eu mesmo fui um jovem que avisava, mantinha contato, e era honesto com meus pais. Como resultado, tinha a confiança deles e fazia tudo o que queria.

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