O problema de bater em crianças não é só a inutilidade
quanto a educar que o castigo físico tem (o castigo não ensina nada), nem só a
violência que a criança sentiu, nem só a premissa incorreta que embasa o castigo de que a dor é o argumento que as crianças entendem, nem a indiscutível covardia de um adulto golpeando uma criança (muitas vezes bebês).
Esses são problemas importantes, mas problema é também que o adulto que pensa que pode educar com violência física e verbal está ensinando que a violência é uma forma de mudar o comportamento alheio e não está fazendo sua obrigação de educar a resolver as coisas sem violência e sem grito.
Esses são problemas importantes, mas problema é também que o adulto que pensa que pode educar com violência física e verbal está ensinando que a violência é uma forma de mudar o comportamento alheio e não está fazendo sua obrigação de educar a resolver as coisas sem violência e sem grito.
Quem educa com violência mesmo sem querer comete omissão e negligência,
pois não está ensinando habilidades básicas, de diálogo e negociação, para o convívio social e o sucesso
de seus filhos na vida pessoal e profissional.
Além de ser violência injustificável, do ponto de vista da obrigação dos pais de educar seus filhos, educar com base no castigo físico é pior que não ensinar seu
filho a se vestir, comer de boca fechada, usar os talheres ou escovar os dentes.
É tão ruim quanto não colocar seu filho na escola, ensinar que Deus criou o
homem do barro e a mulher de sua costela, não ensinar a importância da ética e
da honestidade. Educar com base na violência é (ou deveria ser) uma vergonha.
O problema é que o adulto que pensa que pode educar usando a violência está ensinando que a violência é uma forma de mudar o comportamento alheio e
não está fazendo sua obrigação de educar a resolver as coisas sem violência e
sem grito. Quem pode ensinar isso à criança senão o adulto responsável por
cuidar dela? Professores? Colegas e amigos? Um padre? Os pais que não ensinam a
negociação aos filhos, estão negando o direito das crianças a uma boa educação.
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