sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Lidar com o mau humor de manhã

Hoje de manhã, Sofia (7 anos) tinha um passeio com as amigas ao “Parque da Água Mineral” aqui em Brasília. Foi acordada para se arrumar rápido, levantou com vontade mas de mau humor. Ouvi o seu choro e fui ver o que era. Não queria se vestir, não queria dizer qual era o problema, resmungava, chorava. O tempo ia passando e ela poderia atrasar para sair com as meninas e o pai delas. Eu poderia pressioná-la, dizer que se não parasse imediatamente não iria mais ao passeio. Em vez disso, abracei-a. Ela correspondeu, apertando o abraço no meu pescoço. Carreguei-a até a sala. Dei seu leite. Depois de alimentada, geralmente ela melhora. Voltamos ao quarto para ela se arrumar, colocar o biquíni, etc. Ela não queria. Eu fiquei confuso. Não entendia porque, mesmo depois do leite, ela continuava nervosa. 

Então, finalmente, ela disse que não sabia se deveria vestir uma roupa, pois queria ir igual à amiga. Eu ainda estava de pijama, e não queria bater na porta do apartamento vizinho, onde morava a amiga. Ela não queria ir sozinha. 

Mas entendi minha filha. Ela queria sentir que compartilhava algo com a amiga. São meninas, e vestir-se faz parte de sua feminilidade (mas isso poderia rolar com um menino também). Eu me troquei rapidamente e fui com ela. Ajudei a perguntar: _ Oi! A Sofia quer saber se você vai com aquela roupa. 

Com a resposta, foi feliz se trocar. Ajudei com o filtro solar e com as roupas, fazendo palhaçadas para ela. Quando ela estava pronta e feliz, já saindo, eu a chamei, me abaixei e fiquei com meus olhos na altura dos seus: 

_ Filha, hoje, quando você acordou, você estava mal humorada e tratando todo mundo mal...

_ Desculpe, pai! 

_ Sim, desculpo. Mas eu queria te dizer uma coisa, tá?

_ Tá. 

_ Quando você acordar e estiver de mau humor, primeiro vá se alimentar. 

_ Tá. 

_ E fique mais tolerante com as pessoas nessa hora, tá?

Ela concordou. 

_ Vai lá! Divirta-se! 

E lá foi ela, sentindo-se apoiada, acolhida, mas com a lição de qual o comportamento que esperamos dela, tanto pelo que falei como pelo exemplo que dei.

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