segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Não castigar mais minha filha

Já castiguei. Aquela história de botar para pensar no que fez, somente o tempo para entender que o que fez não foi legal. Também usava o tempo para se acalmar. Era chato pois chamava tudo de castigo. Hoje, não faço mais.

Aprendi que minha filha acalma mais rápido com um abraço que com o tal tempo para ela se acalmar sozinha, e que ficamos mais próximos mais rápido desse jeito. Aprendemos juntos a comunicar melhor o que não foi legal e nunca penso que preciso castigar. Por que será que pensei um dia? Será que ela melhorou ou fui eu? Não sei.

Hoje acho o castigo inútil ou, se for útil, menos eficiente que outras estratégias. Pode funcionar às vezes, no momento, mas afasta e demora mais para a vida ter qualidade de novo. Além disso, corre-se grande risco de ser injusto e ensinar a injustiça certamente não seria a minha intenção.

Não parece fácil abrir mão do castigo. "Como vou educar sem castigo?", perguntariam alguns pais. É preciso ter bem sólida uma outra visão sobre como influenciar o comportamento dos filhos e de onde tirar energia para enfrentar comportamentos difíceis. Muitas vezes usamos a raiva para enfrentar dificuldades, mas e com os filhos? é correto usar a raiva para "enfrentar" seres tão pequenos que amamos tanto?

Aprendi a usar aquela energia de quando trocamos uma fralda ou alimentamos o bebê no meio da madrugada (ou para as mães, de quando amamentam): você não fica com raiva nessa hora (não deveria). Trago essa mesma energia, 7 anos depois, para lidar com os comportamentos difíceis de minha filha, a força do amor, em vez da raiva.

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