domingo, 17 de novembro de 2013

Um olhar basta (ou mais 1,2,3)

Temos um costume, eu e minha filha. Quando peço para ela fazer uma coisa que ambos sabemos que tem que ser feita (por exemplo, tomar banho, ir embora de um lugar, etc.), e ela começa a demorar, eu começo a contar: "um, dois..." E ela sempre se move antes do "três". Quando não dá, ela pede mais tempo, e quando acha que só vai chegar no "três" muitas vezes pede para começar a contar de novo. Eu faço.

Hoje, estava uma enrolação para sair da casa da amiga, já tinha pedido, contado até "três", mas sempre que virava as costas para uma despedida, já estava ela lá de novo, no quintal, longe, sem se arrumar.

Em vez de me irritar, eu simplesmente fiquei em pé, olhei para ela de longe, e quando ela olhou para mim, eu fiz com o dedo "um". Não falei nada. Ela veio na hora.

Nunca bati na minha filha, raramente grito ou falo agressivamente com ela, não uso ameaças, nunca coloco de castigo. Mas isso não me impede de ter aquela autoridade do tempo da vovó, em que um olhar bastava.

Isso me faz pensar que "um olhar bastava" no tempo da vovó não por que caso contrário rolaria uma surra. Autoridade não é autoritarismo. Não é bater, é ter decisão e liderança reconhecida como justa.

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