domingo, 2 de outubro de 2011

“Castigo” não deve ser punição, nem deve ser usado como ameaça


Se quero tratar minha filha melhor que a meu laptop, a boa notícia é que, tal como um laptop, eu também posso dar um reboot (reiniciar) na minha filha. Desde os quatro anos de idade, quando minha filha parece estar “dando defeito”, coloco-a para “reiniciar-se”. Isso se faz colocando-a “de castigo”, ou para pensar. É só isso o que o castigo deveria ser nesta fase: não é um tempo para punir, nem um instrumento de ameaça, mas um tempo para pensar no que é certo, acalmar-se.

A regrinha de um minuto de “castigo” por ano de vida funciona bem com ela. Enquanto ela estiver chorando no castigo, é sinal de que ainda não reiniciou. Digo a ela que não sairá do castigo até parar de chorar. Depois de deixá-la “reiniciando”, pergunto se ela sabe o porquê de ter ficado ali (se não souber, explico), pergunto se ela acha certo o que fez (quase certo ela dizer que não), e digo que ela deveria pedir desculpas se fez uma coisa que não acha certo. Ela sempre pede. Com o tempo, ela passou a pedir desculpas sem castigo. Ela consegue pensar rapidinho, entendendo melhor o meu ponto de vista, e o de outras pessoas.

Então, “castigo” não deve ser punição. Não deveria nem ter esse nome. É o tempo de pensar.

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