segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Criança não tem birra, tem irritação com necessidades não atendidas


Quando Sofia fez um ano de idade, eu comecei a achar que ela já estava ficando complexa o suficiente para querer chamar atenção, fazer birra e chorar para receber carinho e, que horror!, me manipular. Para meu embaraço, a cada vez que supus isso, eu errei. Sempre era frauda cheia, sede, fome, sono, ou algum outro desconforto físico. Passou um ano, comecei a achar que já tinha agora dado tempo de ela desenvolver uma habilidade para fazer birra. De novo, eu estava errado, pelo menos, parcialmente.

Ela fazia birra, mas só quando estava fragilizada, com sede, fome ou sono.


Quando ela fica briguenta, se comporta mal, implica comigo ou com outras crianças, desconfio. As crianças não sabem do que precisam (muitos adultos também ficam muito mal humorados quando estão cansados ou com fome) e ficam irritadas. Então, em vez de brigar com ela, faço direito a minha parte de pai: quando ela era bebê, via se ela estava de fralda cheia, se estava com sede, com fome, ou se já era hora de ela estar cansada demais. Tirando a parte da fralda, continuo verificando sede, fome e cansaço.


Algumas vezes ela passa do ponto da fome, e aí fica tão irritada que já não quer comer, apesar da fome. Busco paciência, pois a culpa é minha e não dela. Ofereço uma comidinha fácil, uma colher de mel, só para abastecer com uma dose provisória de glicose, que vai permitir que minha filha seja ela mesma.

Por último, sim, as crianças têm necessidade de carinho, não só comida e água. Quando minha filha precisa de carinho, dou carinho a ela, ora! Abraço, acolho, e acalmo. As crianças às vezes têm dificuldade de se acalmar. Ajudo-a a se acalmar estando mais calmo que ela, passando segurança. Os meus braços devem ser o lugar mais seguro do mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Curta nossa página no Facebook

Seguidores

As mais populares

Arquivo do blog