sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Dar aos filhos controle sobre sua própria vida


Crianças não podem decidir tudo sobre suas vidas. Seria impraticável e, em alguns casos, perigoso para elas. Mas elas não podem ficar sem decidir nada, nem sem sentir que têm controle sobre suas vidas. No que eu posso, deixo minha filha decidir: o que ela vai comer de noite, qual a roupa que vai usar, que brinquedo quer levar, etc. 
 
Também deixo ela decidir sobre o momento de certas coisas que ela não tem escolha: se vai tomar banho agora ou daqui a 15 minutos, se vai dormir agora ou em cinco minutos, e coisas do tipo. Essas decisões são importantes fontes de sensação de controle. Mas não são suficientes. 
 
Crianças precisam de previsibilidade, de rotina. É muito mais fácil a minha filha aceitar algo que está na rotina do que algo novo, uma inversão numa tarefa, etc. Ela gosta de repetir e seu corpo também. Tem a hora da fome, de brincar, de dormir. Acho que as crianças devem ter diferentes graus de tolerância com o imprevisível, mas em geral, provavelmente a repetição dá a sensação de controle. 
 
Mas e quando não tiver jeito e a rotina tiver que ser quebrada? Aviso com antecedência. Penso no que gostaria que fosse feito comigo. Eu gosto de saber o que vou fazer e o que vai me acontecer. Ela também. “Olha, filha, amanhã não tem aula”, “amanhã, vamos acordar mais cedo”, “papai vai viajar e ficar uma semana fora”, “vamos embora daqui a 10 minutos”, “sua amiguinha vai viajar amanhã”. Sempre que der, aviso antes.

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