Para mim o tédio é uma condição química do corpo, em que algumas substâncias estão faltando, ou estão em excesso, e ocorre um tipo de envenenamento, que causa e mantém o tédio.
Às vezes as crianças ficam pedindo atenção dos pais e eles estão ocupados demais para dar. O problema é que hoje muitas crianças são filhas únicas, como a minha Sofia, ou têm diferença de idade muito grande com os irmãos, e logo ficam entediadas, e pedem aos pais para suprir algo que seria mais naturalmente dado por outra criança. Como às vezes não recebem, ficam entediadas. Não sei o que diz a medicina, mas para mim o tédio é uma condição química do corpo, em que algumas substâncias estão faltando, ou estão em excesso, e ocorre um tipo de envenenamento, que causa e mantém o tédio. Para sair disso, precisamos induzir outros neurotransmissores, como endorfinas e dopaminas. Nas crianças, é fácil fazer isso: é só brincar com elas. De preferência, deve-se brincar de algo que gere riso, alegria e movimento. Pega-pega, esconde-esconde, cosquinhas, etc.
Com minha filha isso funciona bem. Quinze minutos de
brincadeiras podem me render mais de uma hora de sossego, em que posso
trabalhar no computador ou cuidar da casa. Minha teoria é que a química do
corpo fica alterada por certo tempo, e permite à criança ficar bem. Se está
certa eu não sei. O que sei é que funciona com a minha filha.
Aplico essa visão da química do corpo também nas minhas
dicas sobre mau comportamento causado por sede, fome e sono. É incrível como
modificar a química do corpo, suprindo água ou energia, deixa minha filha mais
cooperativa, reduz ou elimina a birra, etc. Assim, ser pai, em parte, é administrar a química corporal de
nossos filhos, e ensiná-los a fazer o mesmo, para que se sintam bem e tenham
saúde.
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