Relato longo e bem sucedido: Hoje, Sofia (7 anos) fez uma birrinha. Resolvi mudar a rotina um pouco, disse que estávamos dormindo muito tarde e que iríamos mudar um pouco, sem ver TV ou tablet depois das 22hs (aqui todos vamos para a cama tarde e estou querendo mudar isso). Disse isso cedo, e ela disse OK. Mas na hora de fazer, às 22 e pouco, ela queria muito ver um filme no tablet. Chorou, pediu, implorou.
Eu a chamei, botei no colo, disse "eu sei que você quer, mas eu também já expliquei, que li que a luz da tela deixa a pessoa sem sono..." "mas e se não for verdade o que você leu? nem tudo que a gente lê é verdade". "Tem razão, filha, nem tudo que se lê é verdade, mas isto tem base na ciência, já fizeram estudos., você entende?". "Sim... mas eu quero ver o filme hoje! Por que tem que ser hoje?" ela perguntou. "Por que não hoje, So? Me ajude!" "Mas eu vou ficar entediada!" "Vamos ler um livro, vai ser super legal, ler um livro é como ver um filme". "Mas eu não estou com sono! Nem vou ficar...", ela ainda tentou. "Ah, vai sim! Esse seu chorinho é tão bom para dar um soninho!"
Ela continuou a chorar, agora silenciosamente, se levantou e foi para o quarto dela ficar sozinha. Fui atrás, pedi para ela escovar os dentes. Ela foi. Peguei uns livros e chamei para a minha cama. Chegou chorando, mas fiz umas piadinhas e logo ela riu.
Nos divertimos a valer com a história de um jacaré com dor de dente. Disputávamos para ver quem lia a página com menos texto! Depois com outro livro. Acabando a leitura, ela virou de lado e disse que estava sem sono. "Vamos ficar quietinhos para o sono chegar". Logo ela dormiu.
Em nenhum momento eu me irritei ou perdi a paciência. Quanto mais ela chorava, mais eu era carinhoso e doce com ela. Mas não cedi (nem me senti pressionado a fazê-lo, embora um pouco tentado a satisfazê-la para vê-la feliz logo, mas tenho certeza de que a leitura e a minha atenção a deixou mais feliz do que faria o filme no tablet). Com firmeza, eu a guiei para fazer o que acreditei ser o melhor para ela. Assim acredito que devemos tratar a criança que faz birra.
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